Cansados de esperar por uma indenização do governo, os camponeses, vítimas do conflito, pretendem ir a Brasília na esperança de que seja feita Justiça pela morte de nove pessoas e pelas dezenas de feridos deixados pelos policiais e pistoleiros que, em agosto de 1995, expulsaram as 600 famílias acampadas na fazenda Santa Elina, no município rondoniense de Corumbiara. As imagens e relatos de Corumbiara percorrem o mundo, gerando indignação por onde passam.” Ato de Solidariedade às Vítimas de Santa Elina”
Subscrito pelo Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo), pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e pelos Centros Acadêmicos de Medicina, de Pedagogia e de Geografia da Unir, Wenderson Francisco dos Santos – “o Ruço, camponês liberto após anos de tortura na cadeia, onde era mantido por um crime que não cometeu”.
2 – TEXTO ENCICLOPÉDICO
Convém reiterar que os organizadores do ato não estão exagerando nem um pouco quando informam sobre a repercussão planetária do episódio, conforme se pode avaliar a partir de um trecho extraído da Wikidésia – enciclopédia virtual que circula pelas infovias em idiomas vários -, onde se descreve o ocorrido naquele 1995.
“Na madrugada do dia 09 de agosto, 194 policiais, inclusive 46 da Companhia de Operações Especiais (COE) e outro tanto de jagunços e guachebas fortemente armados, cercaram o acampamento e começou o massacre de Corumbiara. Desde a véspera o acampamento já estava sitiado mas os posseiros não tinham conhecimento disso, pois quem tentava sair ou chegar, era preso. O isolamento foi total e o cerco se fechou de madrugada.
Os camponeses que viveram vinte e cinco dias na esperança da terra prometida, de repente abismaram-se num inferno dantesco, onde homens foram executados sumariamente, mulheres foram usadas como escudos por policiais e jagunços, 355 pessoas foram presas e torturadas por mais de vinte e quatro horas seguidas e o acampamento foi destruído e incendiado com todos os parcos pertences dos posseiros. O acampamento foi atacado de madrugada com bombas de gás que a todos sufocava, especialmente as crianças. O tiroteio era ensurdecedor.
Naquele dia morreram onze pessoas, inclusive a pequenina Vanessa, de apenas seis anos, cujo corpinho foi trespassado por uma bala ‘perdida’. Cinqüenta e cinco posseiros foram gravemente feridos. O bispo de Guajará Mirim recolheu amostras de ossos calcinados em fogueiras do acampamento e enviou à Faculté de Médicine Paris-Oeste que confirmou a cremação de corpos humanos. Ninguém foi responsabilizado pelas torturas que aquelas pessoas sofreram, os órfãos e as viúvas estão desamparados, existe gente desaparecida até hoje, e muitos trabalhadores estão debilitados física e emocionalmente, impossibilitados de trabalhar por seqüelas causadas pelos maus tratos recebidos durante a ‘desocupação’ da fazenda Santa Elina.
3 – CLODOMIR DE MORAES
O Júri Popular que aconteceu em Porto Velho no período de 14/08 a 06/09 de 2000 comprovou que a justiça brasileira, especialmente em Rondônia, está a serviço do latifúndio. A condenação dos sem terra Cícero Pereira Leite Neto e Claudemir Gilberto Ramos, mesmo sem prova nos autos, e a exaltação, pelo próprio Ministério Público, dos oficias que executaram aquela ação repressiva e criminosa coordenada e financiada por fazendeiros, foi prova evidente que a impunidade prevalece e que o crime do latifúndio contra o campesinato ainda compensa”.
Quanto a Clodomir, este baiano de Santa Maria da Vitória foi jornalista dos Diários Associados antes de formar-se em Direito pela UFPE e eleger-se deputado estadual em Pernambuco, destacando-se como um dos dirigentes da Ligas Camponesas - o que lhe custou dois anos de prisão, torturas, cassação e um longo exílio imposto pelo golpe militar de 1964. Contratado pela ONU, dirigiu projetos do órgão em Honduras, Panamá, México, Portugal e Nicarágua, além de assessorar as reformas agrárias do Peru, de Costa Rica, de Angola, de Moçambique e da Guiné Bissau.
Fez especialização em Antropologia Cultural na Faculdade de Direito do Chile, em Reforma Agrária, no Icira de Santiago, e doutorado em Sociologia na Universidade de Rostock, Alemanha. Foi professor residente na Universidade Autônoma de Chapingo no México e outras universidades brasileiras. Ademais foi conferencista nas Universidades de Manchester (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Wisconsin (Estados Unidos) e em diversas universidades públicas hispano-americanas.
Clodomir Santos de Morais tem 22 livros publicados, a maioria em espanhol e português, destacando-se a sua famosa cartilha “Teoria da Organização”, com mais de 300 edições em 43 países. Os seus Laboratórios Organizacionais de Capacitação Massiva para Gerar Emprego e Renda têm tido grande êxito na América Latina, Europa e África. É “Doutor Honoris Causa” pela Unir e, como se vê, não se dá descanso. Os deuses o preservem.
http://www.tudorondonia.com/noticias/politica-em-tres-tempos--por-paulo-queiroz-,2519.shtml
Professora do município de Francisco Morato e exonerada por não compartilha como o roubo do dinheiro do FUNDEB, mesmo sendo do partido dos trab.........alhador o qual administra a cidade a professora , sem brigou para que o dinheiro do FUNDEB fosse destinado as crianças e os professor , como não aceito propinas para fica calada ,pois faz parte do conselho do FUNDEB , fui considerada incompetente para exercício do cargo de professor, pelo governo do PT na cidade , esta professora só eu Nilma Freitas , e após sofre varias ameaças por quere uma escola melhor para as crianças , foi exonerada por ser honesta.
ResponderExcluirTerreno que esta sendo pago com o dinheiro do FUNDEB valor de dois milhões e meio esta em nome de terceiro, os dois motivo que fez a professora Nilma ser considerada inapta , e que ela que saber onde fica o terreno e para o que vai servi.
DINHEIRO DO FUNDEB POR ANO NA PREFEITURA 63 MILHOS
SEGUNDO ELES TEMOS O GASTO DE MATERIAL PEDAGOGICO DE 1.772.944.12
SO QUE OS UNICOS MATERIAL PEDAGOGICO QUE TEMOS NA ESCOLA E SULFITE , EVA,
CADE O DINHEIRO, EM QUE MESMO FOI GASTO, ESTA FOI A MINHA ULTIMA PERGUNTA, ONDE ESTA O MINISTERIO PROBILICO, QUE Ñ ESTA APURANDO SEI QUE FORO FEITAS VARIAS DENUCIAS, O PT DEFENDE O QUE? QUAL TRABALHADORE ESTA SENDO DEFENDIDO EM FRANCISCO MORATO? ONDE QUE Ñ CONCORDA E EXONERADO E AMEASADO.
O problema está no salário dos professores, que é muito baixo e o trabalho é puxado. Uma hora a corda arrebenta e infelizmente é do lado mais fraco, que é o dos alunos.
ResponderExcluirA vice-diretora da escola, Simone de Melo Dutra, confirma que os baixos ......salários são um grande problema – R$ 1.088 para sete horas diárias de aulas. Esse é um dos motivos, diz ela, pelos quais os professores fixos desistem de dar aulas em Francisco Morato.
Há muitos professores substitutos para “tapar os buracos” na grade de aulas, afirma a vice-diretora. Ela conta que já foi dar aulas para suprir a carência de docentes.
- Esta é uma escola [José Bezerra Sanches] que tem professores que saíram para [trabalhar na] direção, coordenação e outros cargos em outras escolas. Vem professor de outro colégio para tapar os buracos, mas todos eles são substitutos.
Salário 20% mais baixo – O superintendente da Educação da cidade, Jesse Pereira Felipe (cargo equivalente ao secretário de Educação), admite a deficiência no número professores e, assim como a vice-diretora, afirma que a baixa remuneração do município afasta os educadores. Ele diz que “o salário [de Francisco Morato] é 20% menor que o da média [de outras cidades] na região” e põe a culpa na baixa arrecadação de impostos para justificar a remuneração oferecida em Francisco Morato.
As aulas perdidas de todos os alunos serão repostas aos sábados e será feito um novo concurso público para o ano letivo de 2011, de acordo com Pereira Felipe. Ele explica que os contratos de professores temporários duram seis meses e não podem ser renovados no mesmo ano devido a uma lei municipal, por isso há a troca constante de docentes.
- Não podemos nem contratar temporários como fazemos, por meio de currículos e pontuação apenas, sem avaliação. Fazemos isso por emergência. (…) Apesar de ser ruim para os alunos [ter professores temporários), precisamos ter docentes na sala de aula, não importa como.
O problema se agravou depois que deu “tudo errado” em um concurso público aberto para contratar funcionários fixos, ressalta o superintendente de Educação.
- Existe um déficit [de professores) na rede municipal hoje. Deu tudo errado no concurso do fim de 2009. Houve diversos problemas com a empresa contratada, o edital teve que ser refeito, não havia médicos suficientes para o exame de todos os aprovados e o concurso só foi encerrado em julho. Porém, os concursados não assumiram de imediato e foram ser diretores e coordenadores em outras escolas.
Segundo a Constituição, os candidatos aprovados em concurso público têm até 60 dias para assumir a vaga. Ao não dar as aulas na escola escolhida e buscar cargos mais altos em outros colégios, os professores concursados deixam um buraco na instituição onde deveriam lecionar. Assim, explica o superintendente, é necessário contratar temporários.
Como pode a pessoa neste Brasil so penssa nela mesmo!...fala de sua injustiça mas não comenta nas injustças dos soberviventes do massacre de Corumbiara como pode?...
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