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Justiça é o que  quero!

terça-feira, 14 de junho de 2011

OS MÁRTIR DA JUSTIÇA!

Trabalhadores criticam ação do Estado apenas após mortes no campo





Beto OliveiraMinistros da Justiça e dos Direitos Humanos anunciaram ações para combater a violência no campo
Representantes de camponeses e populações extrativistas criticaram nesta terça-feira o governo por tomar providências contra os crimes no campo apenas após a morte de trabalhadores. Na comissão geral para discutir o assunto, realizada no Plenário, ministros anunciaram medidas de combate à violência provocada por conflitos agrários na Região Norte do País.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Operação em Defesa da Vida, que será iniciada na próxima semana, reúne duas ações básicas: o envio de integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional para atuar nos estados do Pará, do Amazonas e de Rondônia; e o suporte ao Judiciário e ao Ministério Público dos três estados.
Os objetivos, segundo destacou o ministro, são evitar novos homicídios nesses estados; auxiliar as polícias locais em investigações em curso; e agilizar o andamento dos processos judiciais.
Cardozo antecipou ainda que está sendo elaborado um plano de redução dos índices de homicídios no País, a ser executado em conjunto com os governos estaduais. Ações posteriores
O presidente do Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS), Manoel Silva da Cunha, parabenizou o governo pelas medidas anunciadas, mas questionou o fato de as ações serem tomadas apenas depois da morte de trabalhadores. “Foi assim com Chico Mendes, com José Cláudio Ribeiro da Silva (líder defensor da floresta tropical, assassinado no Pará). O governo só aparece quando alguém tomba. Viemos pedir, em nome dos que ainda estão vivos, que isso não aconteça mais”, disse.
Já o advogado da Associação dos Camponeses do Estado do Amazonas, Rafael Oliveira Claros, destacou que órgãos do governo já sabiam da possibilidade de assassinato de trabalhadores do campo no estado, como no caso da morte do líder camponês Adelino Ramos (conhecido como Dinho), mas que não atuaram parar coibir as mortes.
Entre essas instituições, ele citou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Ouvidoria Agrária Nacional.
“A impunidade se dá pela falta da presença do Estado”, afirmou. Claros também acusou a Polícia Federal que atua no Amazonas de não tomar atitudes diante das denúncias. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (Fetrag-PA), Carlos Augusto Santos Silva, pediu “ação ostensiva” do governo federal para garantir a segurança dos defensores dos direitos humanos. Ele informou que foi entregue um mapa da grilagem aos ministros José Eduardo Cardozo e Maria do Rosário (Direitos Humanos). “A paz no campo passa pelo fim da grilagem de terras”, assegurou.
Proteção
Já Laísa Santos Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo (esposa de José Cláudio), também assassinada no Pará, afirmou que o programa de proteção às pessoas ameaçadas de morte da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República “não quis ouvir o caso”. “Nós, no Pará, temos certeza de que todo mundo que está nessa lista morre”, disse, referindo-se ao quase 2 mil camponeses ameaçados de morte que integram lista da Comissão Pastoral da Terra.

Vanessa Grazziotin relata visita de senadores a região de conflitos agrários 08/06/2011

 


Em discurso nesta quarta-feira (8), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) relatou ao Plenário visita que fez esta semana, juntamente com outros senadores, a uma das áreas de conflito agrário no Brasil, nas divisas dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. A viagem da comissão de senadores foi motivada, explicou a senadora, pelos acontecimentos das últimas semanas, quando cinco sindicalistas, líderes do movimento camponês, foram assassinados.
A comissão de senadores realizou no local uma audiência pública para ouvir os relatos dos agricultores a respeito da situação. Vanessa Grazziotin lembrou o assassinato, no dia 24 de maio, dos líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos a tiros quando voltavam para casa, em um assentamento em Nova Ipixuna, no Pará. O casal havia denunciado crimes ambientais e recebera ameaças de mortes. Três dias depois, lembrou a senadora, o agricultor Adelino Ramos, conhecido como Dinho, líder do Movimento Camponês Corumbiara, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, foi morto com seis tiros quando se dirigia para uma feira de produtores rurais.
No dia 28 de maio, outro agricultor foi encontrado morto no Pará. Herenilton Pereira dos Santos vivia no mesmo assentamento onde foi morto o casal de ambientalistas e teria visto dois motoqueiros suspeitos de assassinarem José Claudio e Maria do Espírito Santo.
Vanessa Grazziotin informou que foi acompanhada na visita pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Valdir Raupp (PMDB-RO). A senadora ressaltou a participação dos agricultores na audiência pública, que considerou “significativa e muito ilustrativa da realidade daquela região”. Ela disse que os agricultores saíram de madrugada, de caminhão, para participar da audiência.
A senadora disse que esses brasileiros humildes vivem em dificuldade que aqueles que moram nas cidades sequer podem imaginar.
Muitos deles, disse a senadora, vivem em assentamentos organizados pelo governo federal, onde enfrentam “dificuldades extremas”.

SUSPEITOS DA MORTE DE ADELINO RAMOS SÃO LEVADOS PARA A POLÍCIA FEDERAL



Os cinco suspeitos de participação no assassinato do líder camponês Adelino Ramos, presos nesta quarta feira (8), em Abunã, distrito de Porto Velho, próximo a região de fronteira com o Acre e Amazonas, chegaram ao final da tarde na Capital e foram levados para a superintendência da Polícia Federal (PF). Um deles teria sido identificado como Jobe Vicente, irmão de Ozias Vicente, este último apontado como autor dos disparos, e que foi preso na semana passada. Os demais presos: Zaqueu Jesus de Souza, Pedro Jesus de Souza, Marcos Antônio Rangel e Odair Pinheiro Cunha. Eles teriam sido capturados durante uma operação que contou com o apoio da Força Nacional de Segurança. A PF ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação prende sete acusados da morte do camponês Adelino Ramos

Cinco pessoas acusadas de participação no homicídio do líder camponês, Adelino Ramos, popular Dinho, foram presas no município de Vista Alegre do Abunã, em operação deflagrada pela Polícia Civil na manhã de quarta-feira (08).
Adelino_Ramos_-_Imagem_news_-_Elinio_NascimentoOutros dois acusados já haviam sido presos anteriormente. Todos estão no presídio Pandinha, de Porto Velho.
Os mandados de prisão foram expedidos pela justiça do estado do Amazonas, pois os acusados também são suspeitos da morte de um agricultor no município de Lábrea, no Amazonas, de acordo com o delegado do município de Extrema de Rondônia, Tallis Beiruth.
Ainda segundo o delegado, a operação foi ocorreu no dia em que o relatório do caso Adelino Ramos tinha que ser entregue ao Ministério Público.
Adelino Ramos foi morto a tiros por um motociclista no dia 27 no distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho, enquanto vendia verduras que produzia no acampamento onde vivia. O agricultor vinha sendo ameaçado de morte por denunciar a ação de madeireiros na divisa entre os estados do Acre, Amazonas e Rondônia.

Suspeitos da morte de Adelino Ramos são levados para a PF


Os cinco suspeitos de participação no assassinato do líder camponês Adelino Ramos, presos nessa quarta feira (8), em Abunã, distrito de Porto Velho, próximo a região de fronteira com o Acre e Amazonas, chegaram ao final da tarde na Capital e foram levados para a superintendência da Polícia Federal (PF). Um deles teria sido identificado como Jobe Vicente, irmão de Ozias Vicente, este último apontado como autor dos disparos, e que foi preso na semana passada. Os demais presos: Zaqueu Jesus de Souza, Pedro Jesus de Souza, Marcos Antônio Rangel e Odair Pinheiro Cunha. Eles teriam sido capturados durante uma operação que contou com o apoio da Força Nacional de Segurança. A PF ainda não se pronunciou sobre o caso.

Homem que teria denunciado extração ilegal de madeira é assassinado no Pará RIO - A Comissão Pastoral da Terra (CPT) informou nesta terça-feira que, mais uma vez, o Pará foi palco da morte de um trabalhador rural. Obede Loyla Souza foi assassinado próximo à sua residência no Acampamento Esperança, no município de Pacajá. Segundo a CPT, Obede teria denunciado e discutido com um grupo que extraía madeira ilegalmente na região. No mês passado, um casal de extrativistas foi morto em uma emboscada, também no Pará. No início de junho, um trabalhador rural foi morto em Eldorado dos Carajás. De acordo com dados da Pastoral da Terra, desde 1996, foram 212 assassinatos em conflitos por terras no Pará.


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