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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Polícia apura se preso é acusado por morte de casal de extrativistas no PA





Suspeito detido no presídio de Marabá deve passar por reconhecimento.
Casal de trabalhadores rurais foi morto em assentamento de Nova Ipixuna.

Do G1, em São Paulo
A Polícia Civil do Pará investiga se um homem preso na quarta-feira (21) é o terceiro acusado de envolvimento na morte do casal de extrativistas a José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva, assassinados em uma emboscada em maio deste ano, na estrada de acesso ao assentamento Praialta Piranhanheira, em Nova Ipixuna.
Segundo a polícia, o suspeito de envolvimento no crime está no presídio de Marabá. O homem foi preso no município de Novo Repartimento por um crime cometido em 2005 em Tucuruí. Desde então, estava foragido. O detento confirmou envolvimento nesse crime, mas não na morte dos ambientalistas.
A polícia procura uma testemunha que estaria em Goiânia para fazer o reconhecimento deste, que seria o terceiro preso no caso do assassinato. Isso porque o preso falsificou o próprio nome, não possui documentos, mas bate com o retrato-falado feito pela testemunha.
O o delegado Silvio Maués, diretor da Polícia Civil para o interior do Pará, deve se reunir na tarde desta sexta-feira (23) com o juiz Murilo Lemos Simão, que recebeu a denúncia contra os três acusados, para apresentar informações sobre o suspeito preso.
Duas prisões
No dia 18 de setembro, Operação das Polícias Civil e Militar do Pará prendeu, também em Novo Repartimento, dois homens. José Rodrigues Moreira, 43 anos, considerado o mandante do crime, e seu irmão, Lindonjonson Silva Rocha, 29 anos, estavam escondidos em uma casa na zona rural de Novo Repartimento desde que a Justiça decretou a prisão de ambos, em 20 de julho. Eles foram denunciados pelo Ministério Público.
acusados (Foto: Tarso Sarraf/AE)José Rodrigues Moreira (camiseta azul) e seu irmão Lindonjonson Silva Rocha (de laranja) ao chegaram em Belém (PA), transferidos de helicóptero da cidade de Novo Repartimento, onde foram presos (Foto: Tarso Sarraf/AE)
De acordo coma Polícia Civil, os irmãos resistiram à prisão. Com eles foram encontrados três revólveres calibre 38, uma espingarda, 15 cartuchos de munição e documentos. Os dois foram encaminhados para Belém, onde vão aguardar vaga no sistema prisional do Pará.
Ainda segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, José Rodrigues Moreira era trabalhador rural e foi apontado no inquérito policial como o mandante da execução de José Cláudio da Silva, após conflito envolvendo lotes de terra no assentamento Praialta Piranheira.
Lindonjonson e o terceiro participante organizaram a emboscada que culminou na morte dos extrativistas, segundo a polícia. Eles devem responder pelo crime de homicídio duplo.
Consequência
Após as mortes, homens da Força Nacional foram enviados à região de Nova Ipixuna para investigar ameaças feitas a trabalhadores rurais por madeireiros, que estariam desmatando áreas ilegalmente. Serrarias foram fechadas na região, após operações lideradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Casal de extrativistas morto a tiros em estrada no Pará (Foto: Divulgação/Arquivo CNS)Casal de extrativistas morto a tiros em estrada no
Pará (Foto: Divulgação/Arquivo CNS)
Em agosto, o procurador Cláudio Terre do Amaral, do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, encaminhou ofícios para a Polícia Federal (PF) e às autoridades de segurança pública do estado cobrando rigor nas investigações sobre ameaças de morte e assassinatos cometidos contra ambientalistas, agricultores, extrativistas e sindicalistas que atuam em proteção ao meio ambiente.
Segundo Amaral, madeireiros da região estariam oferecendo R$ 80 mil pela morte dessas pessoas.
O MPF pediu, também, medidas de proteção para familiares do casal de extrativistas assassinado no assentamento rural.
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