Em discurso nesta quarta-feira (8), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) relatou ao Plenário visita que fez esta semana, juntamente com outros senadores, a uma das áreas de conflito agrário no Brasil, nas divisas dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. A viagem da comissão de senadores foi motivada, explicou a senadora, pelos acontecimentos das últimas semanas, quando cinco sindicalistas, líderes do movimento camponês, foram assassinados.
A comissão de senadores realizou no local uma audiência pública para ouvir os relatos dos agricultores a respeito da situação. Vanessa Grazziotin lembrou o assassinato, no dia 24 de maio, dos líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos a tiros quando voltavam para casa, em um assentamento em Nova Ipixuna, no Pará. O casal havia denunciado crimes ambientais e recebera ameaças de mortes. Três dias depois, lembrou a senadora, o agricultor Adelino Ramos, conhecido como Dinho, líder do Movimento Camponês Corumbiara, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, foi morto com seis tiros quando se dirigia para uma feira de produtores rurais.
No dia 28 de maio, outro agricultor foi encontrado morto no Pará. Herenilton Pereira dos Santos vivia no mesmo assentamento onde foi morto o casal de ambientalistas e teria visto dois motoqueiros suspeitos de assassinarem José Claudio e Maria do Espírito Santo.
Vanessa Grazziotin informou que foi acompanhada na visita pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Valdir Raupp (PMDB-RO). A senadora ressaltou a participação dos agricultores na audiência pública, que considerou “significativa e muito ilustrativa da realidade daquela região”. Ela disse que os agricultores saíram de madrugada, de caminhão, para participar da audiência.
A senadora disse que esses brasileiros humildes vivem em dificuldade que aqueles que moram nas cidades sequer podem imaginar.
Muitos deles, disse a senadora, vivem em assentamentos organizados pelo governo federal, onde enfrentam “dificuldades extremas”.
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