Suspeito detido no presídio de Marabá deve passar por reconhecimento.
Casal de trabalhadores rurais foi morto em assentamento de Nova Ipixuna.
Segundo a polícia, o suspeito de envolvimento no crime está no presídio de Marabá. O homem foi preso no município de Novo Repartimento por um crime cometido em 2005 em Tucuruí. Desde então, estava foragido. O detento confirmou envolvimento nesse crime, mas não na morte dos ambientalistas.
A polícia procura uma testemunha que estaria em Goiânia para fazer o reconhecimento deste, que seria o terceiro preso no caso do assassinato. Isso porque o preso falsificou o próprio nome, não possui documentos, mas bate com o retrato-falado feito pela testemunha.
O o delegado Silvio Maués, diretor da Polícia Civil para o interior do Pará, deve se reunir na tarde desta sexta-feira (23) com o juiz Murilo Lemos Simão, que recebeu a denúncia contra os três acusados, para apresentar informações sobre o suspeito preso.
Duas prisões
No dia 18 de setembro, Operação das Polícias Civil e Militar do Pará prendeu, também em Novo Repartimento, dois homens. José Rodrigues Moreira, 43 anos, considerado o mandante do crime, e seu irmão, Lindonjonson Silva Rocha, 29 anos, estavam escondidos em uma casa na zona rural de Novo Repartimento desde que a Justiça decretou a prisão de ambos, em 20 de julho. Eles foram denunciados pelo Ministério Público.
José Rodrigues Moreira (camiseta azul) e seu irmão Lindonjonson Silva Rocha (de laranja) ao chegaram em Belém (PA), transferidos de helicóptero da cidade de Novo Repartimento, onde foram presos (Foto: Tarso Sarraf/AE)
De acordo coma Polícia Civil, os irmãos resistiram à prisão. Com eles foram encontrados três revólveres calibre 38, uma espingarda, 15 cartuchos de munição e documentos. Os dois foram encaminhados para Belém, onde vão aguardar vaga no sistema prisional do Pará. saiba mais
Ainda segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, José Rodrigues Moreira era trabalhador rural e foi apontado no inquérito policial como o mandante da execução de José Cláudio da Silva, após conflito envolvendo lotes de terra no assentamento Praialta Piranheira.Lindonjonson e o terceiro participante organizaram a emboscada que culminou na morte dos extrativistas, segundo a polícia. Eles devem responder pelo crime de homicídio duplo.
Consequência
Após as mortes, homens da Força Nacional foram enviados à região de Nova Ipixuna para investigar ameaças feitas a trabalhadores rurais por madeireiros, que estariam desmatando áreas ilegalmente. Serrarias foram fechadas na região, após operações lideradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Casal de extrativistas morto a tiros em estrada no
Pará (Foto: Divulgação/Arquivo CNS)
Em agosto, o procurador Cláudio Terre do Amaral, do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, encaminhou ofícios para a Polícia Federal (PF) e às autoridades de segurança pública do estado cobrando rigor nas investigações sobre ameaças de morte e assassinatos cometidos contra ambientalistas, agricultores, extrativistas e sindicalistas que atuam em proteção ao meio ambiente.Pará (Foto: Divulgação/Arquivo CNS)
Segundo Amaral, madeireiros da região estariam oferecendo R$ 80 mil pela morte dessas pessoas.
O MPF pediu, também, medidas de proteção para familiares do casal de extrativistas assassinado no assentamento rural.
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